Como Gabor Maté explica a dor de perder não o outro, mas a si mesmo
Você acredita que sente falta daquela pessoa. Mas, no fundo, o que te dilacera não é a ausência dela — é a ausência de quem você era quando ela estava presente.
É como se, com ela, partes suas pudessem respirar. Partes que agora parecem adormecidas ou inacessíveis.
Essa saudade que aperta o peito não vem do outro. Ela vem de um estado emocional que só parecia possível naquele vínculo.
E é exatamente aí que está a ferida: você sente falta do reflexo, não do espelho.
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Não entregamos mágica, entregamos presença.
Assista, ative o sino e siga conectado com o que mais importa: o reencontro com quem você é.
A dor não vem da ausência do outro, mas do colapso interno
Quando alguém vai embora, parece que tudo dentro de você se quebra.
Mas o que desmorona não é só o vínculo externo.
É o estado interno que aquele vínculo sustentava.
Com aquela pessoa, talvez você se sentisse mais calmo, mais bonito, mais espontâneo.
Agora, mesmo cercado de outras presenças, parece que essa versão sua desapareceu.
Mas ela não desapareceu. Ela apenas se fechou.
Porque, muitas vezes, só conseguimos acessar nossa leveza, nossa doçura e nossa entrega quando o ambiente é seguro.
Amor ou regulação emocional? Entendendo o que o corpo realmente busca
Gabor Maté nos ensina que o trauma molda a forma como nos apegamos.
Quando crescemos em ambientes onde o amor era instável ou condicionado, buscamos vínculos que aliviem esse vazio original.
Não buscamos o amor — buscamos alívio.
E alívio não é sinônimo de conexão real.
Muitas vezes, é apenas o corpo finalmente conseguindo baixar a guarda.
Você não sentia apenas o outro. Sentia a si mesmo emergindo no espaço relacional criado por ele.
A rigidez desaparecia. A ansiedade diminuía. O corpo, por fim, podia respirar.
Mas quando o vínculo termina, essa ponte entre você e seu centro interno se desfaz.
E o que resta é um vazio que parece insuportável.
Você não sente falta da pessoa — sente falta do portal
A grande ilusão do apego é acreditar que precisamos do outro para acessar o que é nosso.
Mas Gabor Maté nos mostra que o que buscamos é a sensação de segurança que só parece existir quando o outro está presente.
O vínculo servia como portal.
Um lugar onde você sentia liberdade para ser quem é.
Por isso, a dor da perda parece tão desproporcional: não é apenas uma despedida. É um colapso de identidade.
Você sente falta de si.
Da sua versão mais leve, mais entregue, mais viva.
E esse é o ponto mais profundo da saudade: não é pelo outro.
É por si mesmo.
A memória que dói não é relacional — é corporal
É o corpo que está em luto.
É o corpo que lembra do toque, da presença, da leveza.
E é o corpo que entra em colapso quando esse campo de segurança desaparece.
Por isso, tentar resolver essa dor apenas com pensamento ou lógica não funciona.
O que você sente é uma retração nervosa.
É o sistema dizendo: “sem esse vínculo, não sei mais como existir”.
Mas isso pode mudar.
Porque tudo o que foi ativado naquela relação nasceu em você.
O outro apenas espelhou. Apenas acessou.
O verdadeiro luto é pelo espaço interno que desapareceu
Não é a pessoa que você perdeu.
É o acesso à sua parte mais livre.
E esse luto não precisa ser eterno.
Você não precisa esquecer.
Nem fingir que não doeu.
Mas pode, aos poucos, começar a reconstruir — não a relação, mas o campo interno que ela revelava.
Esse é o chamado mais profundo do luto:
Parar de terceirizar sua liberdade afetiva.
E começar a criar, dentro de si, o mesmo ambiente que antes só era possível com o outro.
O colapso interno após a perda de um vínculo
Quando uma relação termina, a maior parte das pessoas acredita que está sofrendo por saudade do outro.
Mas, na verdade, o que se desfaz é o senso de identidade emocional que se organizava em torno daquela presença.
Você não está apenas sem a pessoa.
Você está sem a versão sua que só aparecia com ela.
E isso não é ilusão.
É um reflexo do modo como o seu sistema nervoso aprendeu a se sentir seguro: através da conexão com o outro.
É por isso que, após um rompimento, tudo parece mais frio, mais instável, mais distante de si.
Porque a dor da ausência não é só do outro — é da sua capacidade de existir plenamente quando não há mais esse espelho.
O apego afetivo como compensação de uma dor inconsciente
Gabor Maté explica que os vínculos que mais nos prendem não são, necessariamente, os mais saudáveis.
Eles são, muitas vezes, tentativas inconscientes de compensar uma dor afetiva que nunca pôde ser nomeada.
Você busca alguém que te acolha, mas sem perceber está buscando alguém que alivie a sua incapacidade de se regular sozinho.
Você chama isso de amor.
Mas o seu corpo está apenas buscando refúgio.
O outro se torna o regulador do seu estado interno.
E quando ele vai embora, o que colapsa não é a rotina.
É a sua percepção de quem você é sem aquele campo de segurança.
Quando sua identidade emocional depende da presença do outro
Se, para sentir calma, entrega e doçura, você precisa de alguém, isso revela um ponto central:
sua autonomia emocional ainda não está plenamente integrada.
O que dói, nesse caso, não é o fim de uma história — é a dependência que ela revelava.
Você precisa do outro para acessar o que é seu.
E essa lógica é o resultado de um sistema emocional que foi treinado a se adaptar para não perder vínculos.
Esse padrão é comum em pessoas que cresceram em ambientes afetivamente instáveis.
Ambientes onde a expressão emocional era suprimida ou onde o amor era condicional.
A saudade, então, não é do outro — é da versão sua que parecia mais viva quando o outro estava presente.
A ausência revela o quanto você terceirizou sua leveza
Essa percepção pode ser dolorosa, mas também pode ser libertadora.
Porque se o que você sente falta era ativado pela presença de alguém, isso significa que essa versão sua existe.
Ela não era uma invenção.
Ela não era fantasia.
Ela era real.
O que faltava era aprender a acessar essa versão sem depender da continuidade do vínculo.
Sem precisar que alguém esteja ali para que você se sinta inteiro.
Esse é o início da autonomia emocional.
Não se trata de virar uma ilha.
Mas de reconstruir um campo interno onde sua alma possa respirar sem precisar de permissão externa.
Como começar a reconstrução interna sem o outro
A dor que você sente pode ser o início da travessia.
Ela mostra exatamente onde você ainda entrega ao outro o poder de acionar sua paz.
Gabor Maté nos ensina que o trauma não está no evento em si, mas no que acontece dentro de nós quando estamos sozinhos com a dor.
E é isso que o fim do vínculo revela:
um sistema que ainda acredita que só pode existir quando está conectado a alguém de fora.
Mas agora você tem uma escolha.
Você pode usar essa dor para voltar ao mesmo ciclo — ou pode permitir que ela te leve para dentro.
Para um lugar onde o reflexo não depende mais do espelho.
Onde você aprende a se ver, se ouvir, se sustentar.
Esse processo leva tempo.
Mas ele é possível.
E necessário.
A verdadeira saudade é de si mesmo
Você não sente falta da pessoa.
Sente falta do seu corpo mais calmo.
Da sua voz mais espontânea.
Da sua pele mais entregue.
Do seu coração menos armado.
E isso é profundamente bonito.
Porque mostra que essa versão sua é real.
Ela nasceu.
E o que nasce, pode renascer.
Agora, o chamado não é para apagar o que viveu.
É para reconhecer que o que era seu continua sendo seu.
Você não precisa mais repetir o passado.
Precisa restaurar o campo interno onde essa parte de você possa florescer — por você.
Assista ao vídeo completo no canal O Poder do Ser
Se essa leitura te tocou, o próximo passo é se aprofundar no vídeo completo do canal O Poder do Ser.
O vídeo “Você Não Sente Falta da Pessoa — Sente Falta de Quem Era Com Ela | Gabor Maté” traduz tudo isso com imagens, voz e presença.
É um convite para que você se reconheça com mais verdade — sem culpa, sem fórmula, sem pressa.
Assista agora.
Inscreva-se.
E lembre-se: a versão sua que se acalmava no olhar do outro ainda existe.
Ela só precisa de espaço para voltar.
E esse espaço pode ser criado dentro.