Você ama sua mãe.
Mas, em silêncio, carrega um peso que não sabe explicar.
Como se algo em você ainda buscasse um tipo de colo que nunca chegou inteiro.
Mesmo que ela estivesse presente. Mesmo que ela tenha feito tudo que pôde.
Isso não é egoísmo.
Não é falta de gratidão.
É um chamado do corpo por uma verdade emocional que ficou engasgada por anos.
Gabor Maté, referência mundial em trauma relacional, afirma:
“A maioria dos pais não machuca os filhos por maldade — mas por feridas não curadas.”
Ou seja, o que doeu em você talvez não foi ausência de amor.
Foi o amor atravessado pelas dores dela.
E é por isso que o vazio que você sente hoje não é defeito — é memória.
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Esse conteúdo é para quem já entendeu que consciência vale mais que técnica.
Aqui, cada vídeo é um passo de volta para si — mesmo nas partes que doem.
Ative o sino. Ele não avisa apenas sobre vídeos. Ele lembra você do seu próprio processo.
Quando o amor vem com tensão, o corpo aprende a calar
Talvez você tenha crescido ouvindo:
“Ela fez o melhor.”
E sim, talvez tenha feito.
Mas o melhor que ela podia ainda deixou marcas.
Não porque ela foi má — mas porque ela também estava tentando sobreviver emocionalmente.
Você aprendeu cedo a sentir sem incomodar.
A perceber o humor dela antes de dizer o que queria.
A esconder seu choro para não sobrecarregá-la.
E, aos poucos, o corpo entendeu:
“Para ser amado, eu preciso ser forte. Preciso não precisar.”
A culpa por sentir demais é o legado do amor contido
É comum que, na vida adulta, você se sinta mal por desejar distância.
Ou por querer ser diferente dela.
Ou por sentir raiva… mesmo amando.
Mas isso não é crueldade.
É a alma tentando colocar verdade onde antes só havia silêncio.
Quando o cuidado emocional de uma mãe vem misturado com medo, rigidez ou ausência, a criança internaliza que seus sentimentos são demais.
E se adapta.
Troca a autenticidade pelo vínculo.
Troca o choro pela performance.
Troca o “eu sou” pelo “o que ela precisa que eu seja”.
Você virou o adulto que cuida — mas não sabe ser cuidado
Essa adaptação precoce gera um padrão sutil:
Você cresce sendo o responsável. O disponível. O que dá conta.
Mas, por dentro, o corpo continua esperando o colo que nunca veio.
E isso se expressa como ansiedade, autossuficiência forçada ou vínculos onde você repete a mesma tentativa:
“Se eu for bom o suficiente, serei visto.”
Só que essa criança interna ainda está tentando cuidar da dor da mãe.
A reconciliação não começa com a sua mãe — começa com você
Você passou uma vida tentando agradar.
Tentando proteger.
Tentando se moldar para não ser um peso.
Mas agora, algo dentro de você quer parar.
Não de amar — mas de se esquecer.
Gabor Maté afirma que muitos filhos se tornam terapeutas emocionais dos próprios pais sem perceber.
E o custo disso é alto: um adulto que sabe sentir o outro… mas que não sabe se sentir.
Por isso, o primeiro passo não é romper.
É deixar de carregar o que nunca foi seu.
Você não precisa consertar a dor da sua mãe.
Mas pode — finalmente — acolher a sua.
O amor não exige silêncio: exige verdade
Você pode amar profundamente a mulher que te criou —
e ainda assim, reconhecer que faltou algo essencial.
Esse é o ponto de virada:
quando você para de idealizar a história para justificar o amor.
E começa a incluir tudo: o afeto, a ausência, o esforço, o limite.
Quando o amor amadurece, ele não exige que você finja estar bem.
Ele permite que você diga:
“Isso me doeu, mesmo sabendo que você me amava.”
Esse tipo de afirmação não separa.
Une com mais verdade.
Você não precisa repetir a história para ser leal à linhagem
Muitos carregam, inconscientemente, o peso de viver como espelho da mãe.
Seguem padrões de sofrimento para não ultrapassá-la.
Mantêm relacionamentos difíceis por medo de “ser diferente demais”.
Mas maturidade espiritual é saber que lealdade não é repetição — é consciência.
Você pode honrar a mulher que sua mãe foi…
sem ter que viver os mesmos roteiros emocionais que a feriram.
A cura não é esquecer o passado — é parar de viver a partir dele
Você não precisa mais esperar o colo que não veio.
Hoje, você pode ser esse espaço para si.
Você pode olhar para dentro e dizer:
“Eu vejo a mãe que você foi. Mas agora, eu volto a ser filho.”
“Eu não preciso mais ser seu apoio emocional.”
“Eu não preciso mais me calar para continuar sendo amado.”
Esse é o verdadeiro processo de reparentalização.
Não é sobre “culpar a mãe”.
É sobre dar voz à criança que você foi — e que ainda sente.
Finalizando: você não está se afastando — está voltando
Voltar para si pode parecer uma ruptura.
Mas, na verdade, é um retorno.
É quando você deixa de carregar a dor dos outros…
e começa a cuidar da sua.
Quando você sente raiva, tristeza ou saudade sem censura, você não está traindo ninguém.
Está se vendo por inteiro — talvez pela primeira vez.
Assista ao vídeo completo no canal O Poder do Ser.
Ali, você vai encontrar palavras que tocam onde a mente não acessa.
E talvez, pela primeira vez, vai sentir que o amor que cura…
é aquele que começa dentro.
Você não precisa ser perfeito.
Só precisa, agora, ser verdadeiro.