A verdade sobre ser sempre feliz

Recentemente vi o comentário de alguém dizendo que não acredita que alguém pode ser sempre feliz, que o que realmente acontece, é que temos alguns momentos felizes. Na verdade, não é a primeira vez que vejo ou ouço isso, e eu mesma já pensei muito a respeito.

Depois que comecei a me dedicar a “arte da felicidade” – sim, ser feliz é uma arte e ela pode ser aprendida – algumas conceitos ficaram mais claros para mim.

Falando especificamente sobre felicidade, primeiro é preciso entender que na língua portuguesa temos dois verbos diferentes para expressar situações diferentes: um estado de “ser” e um estado de “estar”.

Do meu ponto de vista, ser é algo mais permanente, e em geral, não depende de nada externo; enquanto estar é uma situação transitória, que pode ser afetado por algo externo ou mesmo interno, afinal, você tem poder de decisão sobre como você se sente.

Pode parecer que não é nada demais, mas entender essas duas situações já começa a abrir uma nova perspectiva sobre a possibilidade de ser sempre feliz.

O que acontece, é que em geral vivemos a vida reagindo aos acontecimentos externos, e deixamos que nossos sentimentos sejam comandados por esses acontecimentos.

Assim, se algo que consideramos bom acontece, ficamos felizes; se algo que não consideramos bom acontece, ficamos tristes (ou frustrados, com raiva ou qualquer outro sentimento negativo). É como se estivéssemos com nossos sentimentos no piloto automático, sem opção de escolha.

Mas na verdade, temos escolha, sempre temos. E nossas escolhas são baseadas nos nossos filtros de crenças, naquilo que acreditamos no fundo de nossas almas, naquilo que realmente somos.

Porém, a maioria dessas crenças foram herdadas de nossos pais, professores e da sociedade em geral, e nem tivemos o trabalho de analisá-las se seriam adequadas ou não a nós mesmos.

Assim, em geral, somos “programados” a ver tudo de forma negativa, e o pior, a manter o estado negativo. E sinceramente, não é possível ser feliz e ver tudo negativo, não é?

 

Ser sempre feliz pode ser sua nova programação

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Como disse anteriormente, essas crenças agem como programação em nosso subconsciente – aquilo que fazemos, ou reagimos, sem pensar mais a respeito, é automático. E isso pode ser mudado, de forma consciente.

Isso é como um hábito que já foi muito repetido. Se você dirige, deve se lembrar das suas primeiras aulas quando tinha que lembrar a ordem certa de pisar na embreagem e trocar as marchas, e ao mesmo tempo não deixar o carro morrer.

No começo tudo parece muito difícil, e parece que o carro não vai sobreviver a nossa inexperiência. Mas, como se não bastasse ele sobreviver, após algum tempo, nem lembramos mais a ordem correta, mas sabemos executar o processo perfeitamente.

Tudo isso para te mostrar que é sim possível mudar sua forma de ver o mundo. Para todo e qualquer acontecimento, há a possibilidade de se tirar algo ruim e algo bom. Não importa o quão terrível possa parecer. Mesmo que seja algum tipo de lição que nos faça crescer.

Porém, a grande “sacada” dessa história, não é negar os sentimentos negativos somente para ser sempre feliz, não há essa necessidade e eles podem ser bem úteis, na verdade.

Você pode escolher ser uma pessoa feliz, treinar para isso, e quando estiver bem treinado, ainda assim, você vai ter momentos infelizes sim, mas agora você estará infeliz por um momento, sabendo que é passageiro, e que em breve retornará ao seu verdadeiro estado de ser, que é o de uma pessoa feliz.

Retomando a analogia sobre dirigir, no começo, somos alguém que mais erramos do que acertamos as trocas de marchas (somos infelizes e estamos felizes às vezes); depois de um certo tempo, mesmo com muita experiência, podemos, num momento de distração, errar a troca de marcha ou deixar o carro morrer, porém isso não nos torna um aprendiz novamente ou um mau motorista (somos felizes e temos momentos infelizes às vezes).

 

Você escolhe o caminho, mesmo que tenha que parar para descansar

A verdade sobre ser sempre feliz

A verdade, é que seu estado de ser é o que realmente te define – apesar de achar essa palavra um tanto limitadora – mas somos nós quem escolhemos em que estado queremos viver.

É a partir dele que interpretamos nosso mundo e isso pode ser a diferença entre ficar amaldiçoando a escuridão quando acaba a luz, ou acender uma vela e fazer um teatro de sombras nas paredes. A situação é a mesma, a reação é diferente.

Acredite, a felicidade não é um destino, é o caminho. Se você não pode ser feliz agora, do jeito que é com o que tem nesse momento, não será nunca, porque quem você é não pode ser mudado do lado de fora, ou por situações externas, e nenhum ser humano é capaz de controlar nada que esteja fora de si mesmo.

Então, escolha ser feliz sempre, mesmo que de vez em quando você precise chorar de tristeza. Quando as lágrimas secarem, você estará livre para continuar no caminho que escolheu.

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