Por Que Você Ainda Atrai Relações Que Te Ferem? Gabor Maté

Você diz que quer um amor leve. Uma conexão verdadeira, madura, recíproca. Mas quando olha para sua história afetiva, o que encontra são ciclos que se repetem: ausência, carência, confusão. Como se, por mais que mudassem os rostos, o desfecho fosse sempre o mesmo.

Isso não é falta de sorte. É repetição emocional. O corpo — muito antes da mente — atrai o que reconhece como familiar. E, muitas vezes, o que chamamos de amor é só o reflexo do afeto distorcido que recebemos no passado.

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Atraímos o Que o Corpo Suporta, Não o Que a Alma Deseja

Desde cedo, você aprendeu que o afeto vinha junto com tensão. Que era preciso se moldar, ceder, calar para ser aceito. Essas experiências não viram apenas lembranças — viram memória emocional. E memória emocional vira padrão. Vira ímã. Vira o filtro invisível pelo qual você escolhe, sem perceber, os mesmos tipos de relação.

É por isso que, mesmo desejando algo diferente, você se vê voltando para o mesmo lugar. Seu desejo mudou. Mas seu corpo ainda está condicionado a chamar de “amor” o que, na verdade, é sobrevivência.

O Corpo Aprende Que Amar é Perigoso

Stephen Porges, com a Teoria Polivagal, explica que o sistema nervoso avalia continuamente se o ambiente é seguro ou ameaçador — mesmo sem sua consciência. Se, no passado, amar significou dor, rejeição, abandono ou controle, o corpo aprendeu que o amor é ameaça.

Então, quando alguém se aproxima com disponibilidade, com interesse real, você se retrai. Sente ansiedade, estranhamento, desconforto. Não por falta de vontade — mas porque o seu corpo não sabe como receber aquilo que é novo. Ele teme a paz. Desconfia da leveza. Se protege da presença.

Você Não Está Quebrado — Está Condicionado

Gabor Maté afirma que não buscamos dor. Buscamos familiaridade. E se a familiaridade é feita de ausência, negligência, tensão… é isso que o seu sistema vai continuar chamando de vínculo. Não porque você quer sofrer, mas porque ainda não sabe como sustentar um amor saudável.

Você aceita pouco, porque foi ensinado a se contentar. Você busca quem não se entrega, porque isso te dá uma falsa sensação de controle. O problema não está no outro — está no padrão que você repete. E esse padrão tem uma lógica: proteger a criança que você foi. Aquela que aprendeu a não esperar muito, para não se decepcionar de novo.

O Amor Verdadeiro Exige Presença — E Isso Assusta

Estar em um vínculo coerente é diferente de estar em um vínculo intenso. A intensidade pode esconder a falta de solidez. Já a presença exige algo que o trauma torna difícil: vulnerabilidade. Permanência. Entrega real.

Para quem cresceu se defendendo, isso assusta. Porque o amor verdadeiro não dá a euforia da conquista — dá a calma da estabilidade. E essa calma, para um sistema nervoso viciado em alerta, parece entediante. Parece falsa. Parece perigosa.

Mas é nela que mora a verdadeira cura. E é por isso que precisamos aprender a sustentar a presença — para que o amor não apenas chegue, mas permaneça.

Sua Criança Interior Ainda Está Escolhendo Por Você

Muitas vezes, quem toma decisões nos seus relacionamentos não é o adulto que você se tornou — mas a criança que ainda carrega medos não resolvidos. A criança que aprendeu que precisava se moldar para ser amada. Que precisava se calar para não ser deixada. Que confundiu afeto com esforço.

Carl Jung dizia que aquilo que permanece inconsciente dirige a nossa vida. E é exatamente isso que acontece com a dor não curada: ela vira padrão. Ela se disfarça de escolha. E assim, você continua se ligando a quem ativa os mesmos vazios — esperando, no fundo, que dessa vez alguém preencha o que nunca foi acolhido.

O Corpo Não Mente: Ele Reage, Repele, Se Protege

Quando você começa a se envolver com alguém emocionalmente disponível, seu sistema pode entrar em alerta. Surge uma sensação estranha, uma vontade de fugir, uma urgência de sabotar. Porque a sua estrutura interna ainda não acredita que pode sustentar esse tipo de vínculo. Ela foi condicionada à instabilidade.

A boa notícia é que isso pode mudar. Mas não muda com pensamento positivo, nem com frases prontas. Muda com presença. Com treino de autoescuta. Com decisões pequenas e consistentes que ensinam ao corpo que ele já não precisa mais lutar contra o afeto.

A Cura Começa Quando Você Escolhe Não Se Abandonar

Reprogramar seu campo afetivo não exige que alguém novo chegue. Exige que você fique. Com você. Com sua criança. Com suas reações. Com seus silêncios. É esse acolhimento que começa a mudar sua vibração. Você para de reagir automaticamente. Começa a respirar antes de fugir. A sentir antes de julgar. A escolher com critério — não com carência.

É nesse processo que você deixa de aceitar migalhas. De se entregar a relações que te fragmentam. De repetir histórias onde precisa desaparecer para ser aceito.

Amar Não É Se Perder — É Permanecer Inteiro

O amor verdadeiro não exige que você diminua sua luz. Não te afasta de si mesmo. Não faz você andar em ovos para ser querido. O amor coerente nasce quando você está presente. Quando a sua relação consigo já não depende da validação externa para existir.

E essa maturidade afetiva muda tudo: seus vínculos, suas escolhas, sua paz. Você passa a reconhecer a diferença entre amor e apego, entre conexão e intensidade, entre presença e promessa.

Assista Agora: Um Convite à Sua Presença Real

Se esse texto te atravessou, é porque algo em você já está pronto para parar de repetir. Pronto para amar de um lugar novo — mais consciente, mais inteiro, mais verdadeiro.

Assista agora ao vídeo completo no canal O Poder do Ser. Esse conteúdo não entrega respostas prontas, mas oferece caminhos reais para transformar seus padrões afetivos a partir da raiz.

E se fizer sentido para você, inscreva-se no canal. Não por impulso, mas como escolha consciente de quem decide cuidar da própria história com mais presença e mais verdade. Porque o amor que você merece não é aquele que confirma suas feridas — é o que reconhece a sua inteireza.